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quinta-feira, 24 de julho de 2014

QUEM É JESUS CRISTO

Mateus 16: 13, 15.

Provérbios 14.3: Na boca do tolo está a punição da soberba, mas os sábios se conservam pelos próprios lábios.

Ilustração:

Era uma vez um sapo falador que queria fugir do inverno.
Então, alguns gansos sugeriram que o sapo se juntasse a eles e migrasse, que fosse com eles para um lugar mais quente.
Mas aí apareceu um problema: o sapo não voa, como poderia seguir viagem?
Mas o sapo sabido foi logo dizendo:
"Deixem comigo, tenho um cérebro brilhante, vou ter uma boa ideia."
Pensou um pouco e então pediu aos gansos que o ajudassem segurando um caniço forte, cada um numa ponta.
Como o sapo tem um bocão, ele poderia se prender ao cabo pela boca e seguir com os gansos.
Em pouco tempo os gansos e o sapo iniciaram a sua jornada.
Assim que passaram por uma pequena cidade os moradores saíram para ver aquela cena estranha e original.
Quem poderia ter tido uma ideia tão brilhante? perguntaram alguns moradores.
Isso fez com que o sapo se inchasse tanto de orgulho e, se sentido importante gritou:
Fui eu, fui eu!
Seu orgulho foi sua ruína, pois no momento em que abriu a boca, se soltou do caniço e estatelou-se no chão, morto.

Jesus está em Cesaréia de Filipe e ali ele faz duas perguntas importantes aos discípulos.

Primeira pergunta – Quem diz o povo ser o Filho do homem?

"Eles responderam: Uns dizem: João Batista, outros: Elias; e outros: Jeremias, ou algum dos profetas." v. 14

A expressão "filho do homem" é uma expressão que surgem principalmente em no velho testamento, referindo-se a alguns profetas, como Ezequiel (Ez. 2:1,3,6) e Daniel (Daniel 8:17). No entanto, em Daniel 7:13, o profeta fala que teve uma visão de "um como Filho do Homem" que haveria de vir nas nuvens. Jesus usa este título em vários momentos, referindo-se a si mesmo. Este título enfatiza sua humanidade.

Se Jesus fizesse esta mesma pergunta hoje, o que algumas religiões diriam:

Os mulçumanos diriam: "Ele é um grande profeta."

O espiritismo diria: "Jesus constitui o tipo da perfeição moral a que a Humanidade pode aspirar na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que ensinou é a expressão mais pura da lei do Senhor, porque, sendo ele o mais puro de quantos têm aparecido na Terra, o Espírito Divino o animava."

Os mórmons diriam: Não teve nascimento virginal, é irmão espiritual de Satanás; não foi Deus desde a eternidade, não é um em natureza, essência e substância com Deus Pai e com o Espírito Santo. Sua salvação não pode levar a pessoa ao "céu mais alto"; é necessário que a pessoa também faça boas obras

O judaísmo, A Mishneh Torá, escrita por Maimônides, diz: "Jesus é um "obstáculo" que faz "a maioria do mundo errar para servir a uma divindade além de Deus"..

As testemunhas de Jeová, dizem que Jesus é apenas o servo fiel, o segundo Adão.

Estas religiões conferem a Jesus o título de mestre, modelo de perfeição, profeta, homem e até no caso do mormonismo, o ser irmão espiritual de Satanás.

Geralmente utilizam as próprias palavras de Jesus para fortalecer seus argumentos, declarações de Jesus como:

João 14:28 - Se me amásseis, alegrar-vos-íeis de que eu vá para o Pai; porque o Pai é maior do que eu.

João 5:30 - Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma ; como ouço, assim julgo; e o meu juízo é justo, porque não procuro a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.

João, 7:28 - Jesus, pois, levantou a voz no templo e ensinava, dizendo: Sim, vós me conheceis, e sabeis donde sou; contudo eu não vim de mim mesmo, mas aquele que me enviou é verdadeiro, o qual vós não conheceis .

João 12:49-50 - Porque eu não falei por mim mesmo; mas o Pai, que me enviou, esse me deu mandamento quanto ao que dizer e como falar. E sei que o seu mandamento é vida eterna. Aquilo, pois, que eu falo, falo-o exatamente como o Pai me ordenou.

Lucas 13:33 - Importa, contudo, caminhar hoje, amanhã, e no dia seguinte; porque não convém que morra um profeta fora de Jerusalém.

João 14:24 - Quem não me ama, não guarda as minhas palavras; ora, a palavra que estais ouvindo não é minha, mas do Pai que me enviou.

João, 8:28-29 - Prosseguiu, pois, Jesus: Quando tiverdes levantado o Filho do homem, então conhecereis que eu sou, e que nada faço de mim mesmo; mas como o Pai me ensinou, assim falo. E aquele que me enviou está comigo; não me tem deixado só; porque faço sempre o que é do seu agrado .

Lucas 22:41-42 - E apartou-se deles cerca de um tiro de pedra; e pondo-se de joelhos, orava, dizendo: Pai, se queres afasta de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua.

João 20:17 - Disse-lhe Jesus: deixa de me tocar, porque ainda não subi ao Pai; mas vai a meus irmãos e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus."
A segunda pergunta que Jesus fez aos seus discípulos, foi:
"Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou?" v. 15

Nós falamos que Jesus é Homem:

a. Ele foi chamado e chamava-se a si mesmo homem.

João 8:40; Atos 2:22; Romanos 5:15 e I Corintios 15:21.

b. Possuía um corpo material e uma alma racional.

Lucas 24:39; Mateus 26:38; João 11:33 e Mateus 26:26, 28.

c. Sentia fome, sede, cansaço, sono, amor, ira, etc.

Mateus 4:2; Mateus 8:24; João 4:6 e João 19:28.

d. Era sujeito às leis do desenvolvimento humano, tanto no corpo como na alma. Crescia e

se fortalecia em espírito, fazia perguntas. Lucas 2:40, 46.

e. Sofreu e morreu.

Lucas 22:44 e João 19:30.

Nós falamos que Jesus é Deus:

Ele mesmo reivindica sua Divindade.

João 10:30-33; João 14:6-11, etc.

Jesus por várias vezes usa a expressão "Eu Sou", expressão semelhante a que Deus

revelou a Moisés em Êxodo 3. Por isso quiseram apedrejá-lo.

Ele é chamado de Deus.

João 1:1, 18 - Como conciliar este texto com: Isaías 43:10, assim está escrito: "...antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá". Em Isaías 44:6 – "...e fora de mim não há Deus". Na bíblia, os deuses falsos, são os com "d" minúsculo.

João 20:28 e Isaías 1:9 (na bíblia dos TJ está como na nossa);

Hebreus 1:8 – "O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre."

Tito 2:13 – "...aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus."

Romanos 9:5 – "...deles são os patriarcas e também deles descende o Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos. Deus bendito para todo o sempre. Amém." etc.

É adorado como Deus e recebe honra e culto devidos unicamente a Deus.

João 5:23 – "a fim de que todos honrem o Filho, do modo por que honram o Pai. Quem não honra o Filho não honra o Pai que o enviou.

Atos 7:59 – "E apedrejavam a Estevão que invocava e dizia: "Senhor Jesus, recebe o meu espírito."

Hebreus 1:6 – "E todos os anjos de Deus o adorem."

Apocalipse 5:12-14.

Mas como entender João 14:28 – "Ouvistes que eu vos disse: Vou e volto para junto de vós. Se me amásseis, alegrar-vos-íeis de que eu vá para o Pai, pois o Pai é maior do que eu."

Texto básico usado por aqueles que desprezam a divindade de Jesus, quando Jesus afirma que o Pai é maior que ele?

Só entendemos este texto, à luz de Filipenses 2:6-11.
"Forma de Deus" (v.6) – A palavra "forma" aqui é a palavra grega (morphê) = natureza, substância, essência.
"Forma de servo" (v.7) – A palavra "forma" aqui é a palavra grega (esquema) = esqueleto, estrutura.
Jesus não julgou com usurpação o ser igual a Deus, tendo sua natureza, mas esvaziou-se, humilhou-se, assumindo a forma humana. Como servo, submisso à vontade do Pai. Ele não é menor no sentido de ter menos poder, etc..., porque tem a mesma natureza. Ele é menor diante de sua posição encarnada perante o Pai – como servo.
Jesus é a única pessoa que poderia morrer por nós e nos salvar!

I Corintios 15:22 – "Porque assim como em Adão todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo."

Atos 4:12 – "E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos."

I João 1:9 – "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça."

João 14:6.- "Respondeu Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai, senão por mim."
Quem é Jesus pra você?
Apenas um mestre, um profeta, uma boa pessoa?


Sermão pregado na Comunidade Bíblica Adoração.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

TEMA: A INVERSÃO DA CONVERSÃO
TEXTO: Atos 2. 41-42
INTRODUÇÃO
Os Guinness, um dos profetas da modernidade, escreveram no início da década de oitenta um artigo intitulado Cuidado com a jiboia. Neste artigo, ele comenta os perigos e desafios da modernidade para a fé cristã, e compara estes perigos ao abraço da jiboia que mata suas vítimas estrangulando-as devagar, sem nenhuma pressa. Para ele, a modernidade vem fazendo com o cristianismo aquilo que Nero, Dioclesiano e outros tentaram fazer através da violência e perseguição e não conseguiram. A modernidade vem lentamente estrangulando a fé e o espírito cristão sem que a cristandade se dê conta do abraço da jiboia e apresente qualquer resistência.
Um dos fenômenos modernos que vem me chamando a atenção é o do velho tema da conversão. No passado, a experiência da conversão era caracterizado por uma reforma radical da vida. O convertido era alguém que renunciava o pecado, o mundo e a carne para viver para Cristo, obedecendo a sua Palavra, buscando fazer a sua vontade, negando a si mesmo e se afirmando pela fé em Cristo. Éramos convertidos a Cristo. Na linguagem de Isaías, esta conversão envolvia uma transformação dos nossos caminhos e pensamentos, levando-nos a considerar como superiores e melhores os caminhos e os pensamentos de Deus.


1)  Conversão não é mudar de igreja, denominação ou religião; é mudar de caminho!

A modernidade vem lentamente mudando este conceito. Eu diria que hoje, o fenômeno mais comum que observo em muitos testemunhos cristãos, não é mais o de nossa conversão a Cristo mas a conversão de Cristo a nós. Digo isto porque o que normalmente ouvimos, nos relatos das experiências de muitos cristãos modernos, são histórias das ações de Deus em suas vidas resolvendo seus problemas, curando suas enfermidades, livrando-os do mal e dos perigos, abrindo portas para novas oportunidades, abençoando seus planos e projetos. Obviamente isto não tem nada de mais, é a expressão mais legítima da presença cuidadosa de Deus em nossas vidas. No entanto, quando tornamo-nos o centro das ações de Deus e julgamos que sua existência só é justificada pelos benefícios que recebemos dele, invertemos a ordem da conversão e, ao invés de sermos convertidos a Cristo, é ele quem se converte a nós, transformando-se numa espécie de "grande mágico" ocupado em tornar nossa vida melhor e mais agradável.
Por outro lado, me chama também a atenção a ausência cada vez maior de testemunhos que expressem as mudanças e transformações da vida e do caráter, que demonstrem a disposição do coração e da alma humana em se deixar moldar pela natureza divina, testemunhos que apontem para uma conversão de nós a Cristo. Somos pecadores, a queda maculou a imagem de Deus em nós, nosso caráter foi corrompido e nos tornamos, por natureza, "filhos da desobediência", rebeldes e egoístas, sem um referencial externo que nos apontasse o caminho de volta para Deus e para a reconstrução da "Imago Dei".

2) Conversão não implica estabelecer propósitos pessoais, mas sim em voltar ao propósito original do Criador!

Jesus Cristo, o varão perfeito, o Filho do homem, que manifestou através da encarnação a mais plena e completa humanidade, viveu entre nós para ser o caminho que nos leva de volta ao propósito do Criador, o referencial que precisamos. A conversão, ou numa expressão mais comum entre nós, o "aceitar a Cristo", significa permitir que a vida de Cristo seja agora, pelo poder do seu Espírito, vivida por nós, convertendo-nos e transformando-nos em criaturas novas a fim de afirmarmos como o apóstolo Paulo: "Não mais eu, mas Cristo vive em mim".
Esta afirmação não significa que Paulo havia perdido sua identidade própria, passando a ser uma espécie de marionete ou "zumbi" religioso. O que ele afirma é que foi convertido a Cristo, sua vida foi transformada por Cristo, seus desejos, emoções e vontade, foram e estavam sendo reordenados aos propósitos do Criador. Paulo não estava preocupado se Cristo iria atender todas as demandas de sua vida e ministério, satisfazer suas necessidades ou atender suas exigências pessoais. Paulo estava interessado naquilo que Cristo estava fazendo em sua vida, nas mudanças que o Evangelho havia realizado em seu coração e alma. Paulo mantinha seu olhar sempre fixo em Cristo, deixando para trás tudo aquilo que o mantinha preso no seu passado para experimentar, dia após dia, o poder da ressurreição que fazia dele um novo homem.
A conversão de Cristo a nós é perigosa. É uma inversão que nos coloca numa situação de enorme risco. No salmo 106 há uma advertência contra isto. O povo de Israel foi grandemente abençoado por Deus que os libertou do Egito e dos seus opressores. No entanto, logo se esqueceram de tudo o que Deus lhes havia feito e se entregaram a suas paixões, fazendo o que desejavam. Em meio a esta busca de sua própria realização, lutando pelo seu "direito de ser feliz", fizeram suas orações pedindo para que Deus abençoasse seus desejos desordenados e seus caminhos falsos. Diante disto, o salmista afirma que "Deus lhes concedeu o que pediram, mas fez definhar-lhes a alma". As consequências de uma conversão de Cristo a nós podem nos levar ao abismo mais profundo do egoísmo humano e nos afastar da vida liberta e verdadeiramente humana que Cristo nos oferece.

3) Conversão não significa mudar quem Deus é; Conversão é mudar quem nós somos.

A conversão nunca é o processo de transformar Cristo numa espécie de "gênio da lâmpada", que existe apenas para atender nossas demandas e necessidades. Este caminho inverso pode parecer fascinante, nos dá a sensação de ter à nossa disposição alguém forte e poderoso para nos defender, atender aos nossos interesses, satisfazer nossos desejos e alimentar nosso ego insatisfeito e frustrado. Não nego o amor de Deus e seu desejo enorme de nos abençoar, mas o caminho da conversão continua sendo o da nossa transformação em Cristo, da reconciliação com Deus, da renúncia ao pecado, da sujeição ao senhorio de Cristo, da obediência à sua Palavra e da santidade do caráter. É a transformação da nossa natureza caída na imagem de Deus, é ser cada dia mais parecido com Jesus.
A advertência de Os Guinness é real. A jibóia está aí estrangulando os cristãos, lenta e silenciosamente. A busca pela auto-realização, o narcisismo religioso, a sedução da propaganda, têm invertido o conceito da experiência mais primária da fé cristã. Se começamos pelo caminho inverso, correremos o risco de ver nossa alma definhada. Cuidado com a jibóia. Amem.
Pr. Luiz Fernando Massunaga

Comunidade Bíblica adoração, Bauru, 06 de Julho de 2014.