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sábado, 14 de setembro de 2013

A NOBREZA DE SER ÚTIL AO MINISTÉRIO.

Útil.
Que palavra tão pequena não é mesmo? Mas que expressa tão poderosa grandeza! Sentir-se útil é sentir-se vivo; saudável; capaz. Ser útil é estar atuante e integrado; ser útil é o que existe de mais nobre para um ser pensante, ainda mais se esta utilidade estiver vinculada ao Reino de Deus. Imagine: ser útil é bom; ser útil ao Reino de Deus é ainda melhor.

ILUSTRAÇÃO:
Certa vez, um homem desiludido com a vida e com os seus problemas quis se matar. Foi até a beira de um lago muito fundo e pensou em se jogar naquelas águas frias. Enquanto ele pensava nos seus entes queridos e na dor que seria morrer afogado, alguém pulou no lago antes que ele e começou a se afogar. Ao perceber que a pessoa não sabia nadar e iria perecer, o homem lançou-se nas águas turvas, não mais para se matar, mas agora para tentar salvar a vida de alguém que ele nem mesmo conhecia. Enquanto nadava e lutava com as águas do lago tentando resgatar quem ele nem mesmo conhecia, o homem percebeu uma mulher já sem consciência indo para o fundo e resgatou-a. Ao sair das águas com ela nos braços, entregou-a aos paramédicos que após vários procedimentos conseguiram trazê-la de volta. Sozinho em casa, depois do ocorrido, o homem se alegrou e percebeu o quanto havia sido útil naquela ocasião e desistiu do suicídio dizendo a si mesmo: eu não quero mais morrer! Agora eu seu que sou útil para alguém!
Coloquemo-nos em pé, abramos nossas Bíblias em II Timóteo 4. 11. Leiamos:
Diante deste texto que nós lemos e diante destas verdades que já temos compartilhado, eu quero vos pregar o seguinte tema:
Diante este texto que acabamos de ler, quero pregar sob o seguinte tema:

“A nobreza de ser útil ao ministério”.
                       
Em primeiro lugar,...
                        F. T.:... Quando somos úteis ao Reino de Deus...
I -... Somos úteis para as pessoas envolvidas no Reino;

Para entendermos o significado de ser útil para as pessoas envolvidas no reino precisamos olhar para a vida deste homem chamado João Marcos.

Paulo da referência dele apresentando-o como sobrinho de Barnabé:
Cl. 4.10 - Aristarco, que está preso comigo, vos saúda, e Marcos, o sobrinho de Barnabé, acerca do qual já recebestes mandamentos; se ele for ter convosco, recebei-o.

Morava em Jerusalém, na casa onde os cristãos se reuniam; sua mãe chamava-se Maria:
At. 12.12 - E, considerando ele nisto, foi à casa de Maria, mãe de João, que tinha por sobrenome Marcos, onde muitos estavam reunidos e oravam.

Ele fazia a obra missionária auxiliando Paulo e Barnabé:
At. 12.25 - E Barnabé e Saulo, havendo terminado aquele serviço, voltaram de Jerusalém, levando também consigo a João, que tinha por sobrenome Marcos.

Seu nome é mencionado por Paulo como quem cooperava com a pregação:
At.13.05 - E, chegados a Salamina, anunciavam a palavra de Deus nas sinagogas dos judeus; e tinham também a João como cooperador.
           
Fl. 24 - Marcos, Aristarco, Demas e Lucas, meus cooperadores.

            Meus irmãos, nós estamos falando de um homem que trabalhava ativamente na obra do Senhor, contribuindo com tudo que tinha, doando sua própria vida. Ele é o escritor do segundo Evangelho, o evangelho de Marcos.
            Se quisermos fazer algo para Deus precisamos fazer ao próximo, quando somos solicitados precisamos atender ao chamado, é assim que a obra cresce e que nós nos tornamos úteis.

ILUSTRAÇÃO:

Um dia, um menino de 3 anos estava na oficina do pai, vendo-o fazer arreios
e selas. Quando crescesse, queria ser igual ao pai. Tentando imitá-lo, tomou um instrumento pontudo e começou a bater numa tira de couro.
O instrumento escapou da pequena mão, atingindo-lhe o olho esquerdo. Logo mais, uma infecção atingiu o olho direito e o menino ficou totalmente cego. Com o passar do tempo, embora se esforçasse para se lembrar, as imagens foram gradualmente desaparecendo e ele não se lembrava mais das cores. Aprendeu a ajudar o pai na oficina, trazendo ferramentas e peças de couro.
Ia para a escola e todos se admiravam da sua memória. De verdade, ele não estava feliz com seus estudos. Queria ler livros. Escrever cartas, como os seus colegas. Um dia, ouviu falar de uma escola para cegos.
Aos dez anos, Louis chegou a Paris, levado pelo pai e se matriculou no instituto nacional para crianças cegas. Ali havia livros com letras grandes em relevo.
Os estudantes sentiam, pelo tato, as formas das letras e aprendiam as palavras e frases. Logo o jovem Louis descobriu que era um método limitado. As letras eram muito grandes.
Uma história curta enchia muitas páginas. O processo de leitura era muito demorado. A impressão de tais volumes era muito cara. Em pouco tempo o menino tinha lido tudo que havia na biblioteca. Queria mais. Como adorava música, tornou-se estudante de piano e violoncelo. O amor à música aguçou seu desejo pela leitura. Queria ler também notas musicais. Passava noites acordado, pensando em como resolver o problema. Ouviu falar de um capitão do exército que tinha desenvolvido um método para ler mensagens no escuro. A escrita noturna consistia em conjuntos de pontos e traços em relevo no papel. Os soldados podiam, correndo os dedos sobre os códigos, ler sem precisar de luz. Ora, se os soldados podiam, os cegos também podiam, pensou o garoto. Procurou o capitão Barbier que lhe mostrou como funcionava o método. Fez uma série de furinhos numa folha de papel, com um furador muito semelhante ao que cegara o pequeno. Noite após noite e dia após dia, Louis trabalhou no sistema de Barbier, fazendo adaptações e aperfeiçoando-o. Suportou muita resistência. Os donos do instituto tinham gasto uma fortuna na impressão dos livros com as letras em relevo.
Não queriam que tudo fosse por água abaixo. Com persistência, Louis Braille foi mostrando seu método. Os meninos do instituto se interessavam. À noite, às escondidas, iam ao seu quarto, para aprender. Finalmente, aos 20 anos de idade, Louis chegou a um alfabeto legível com combinações variadas de um a seis pontos.
O método Braille estava pronto.
O sistema permitia também ler e escrever música. A idéia acabou por encontrar aceitação. Semanas antes de morrer, no leito do hospital, Louis disse a um amigo:
 “Tenho certeza de que minha missão na Terra terminou.”
Dois dias depois de completar 43 anos, Louis Braille faleceu.
Nos anos seguintes à sua morte, o método se espalhou por vários países. Finalmente, foi aceito como o método oficial de leitura e escrita para aqueles que não enxergam.
Assim, os livros puderam fazer parte da vida dos cegos.
Tudo graças a um menino imerso em trevas, que dedicou sua vida a fazer luz para enriquecer a sua e a vida de todos os que se encontram privados da visão física.

APLICAÇÃO:
Há quem use suas limitações como desculpa para não agir nem produzir. No entanto, como tudo deve nos trazer aprendizado, a sabedoria está, justamente, em superar as piores condições e realizar o melhor para si e para os outros. Isso sim é ser útil ao Reino. Ser útil as pessoas envolvidas no reino.
           
Em segundo lugar,...
                        F. T.:... Quando somos úteis ao Reino de Deus...
II -... Somos lembrados pelo Deus do Reino;

O texto diz claramente que Paulo fez recomendações a Timóteo dizendo que João Marcos era sim muito útil ao ministério.
Já imaginou alguém que você menos espera dizer isso sobre você?
No momento que você perceber o quanto é importante para Deus e deixar-se usar na sua obra, todo sentimento de invalidez será retirado dos seus ombros e então você será útil ao Mestre. Porque Deus lembra-se de nós da maneira que nós menos imaginamos ou pensamos.
            Deus se lembrará de você ainda hoje!
            ILUSTRAÇÃO:

            Um novo pastor recentemente formado e sua esposa que foram encarregados de reabrir uma igreja no bairro de Brooklyn NY chegaram ao início de Outubro entusiasmados com a oportunidade. Quando viram a igreja observaram que havia muitos estragos e um grande trabalho a ser feito. Sem se deixar abater estabeleceu como meta deixar tudo pronto para o primeiro serviço: o culto de Natal. Trabalharam sem descanso concertando o telhado... Refazendo o piso... Pintando... E muito antes do Natal em 18 de Dezembro tudo estava pronto! Mas...  No dia seguinte 19 de Dezembro desabou uma terrível tempestade que se alongou por dois dias. No dia 21o pastor foi até a igreja.  Seu coração doeu... Viu que o telhado
tinha quebrado e que uma grande área do revestimento de gesso decorado da parede do santuário logo atrás do púlpito havia caído. O pastor enquanto limpava o chão pensava em como resolver a situação.
No caminho de casa pensando adiar o culto de Natal observava as vitrinas enfeitadas para a época quando notou um bazar beneficente e parou por instantes. Uma linda toalha de mesa de crochet na cor marfim com um crucifixo delicadamente bordado no centro chamou-lhe a atenção. Era do tamanho exato para cobrir o estrago atrás do púlpito. Comprou-a e voltou para a igreja. Começou a nevar.
Apressou seus passos e quando chegava à porta da igreja uma velha senhora vinha correndo em direção contrária tentando pegar o ônibus o que não conseguiu. O pastor convidou-a a entrar para esperar pelo próximo abrigando-se do frio que viria 45 minutos depois. Ela sentou-se num banco e nem prestava atenção no pastor que já providenciava a instalação da toalha de mesa na parede. Ao terminar afastou-se e pôde admirar o quanto à toalha era linda e servia perfeitamente para esconder o estrago. Então o pastor notou a velha encaminhando-se para ele.  Seu rosto estava lívido e perguntou:
Pastor onde o senhor encontrou esta toalha de mesa?
O pastor contou a história.  A mulher pediu-lhe que examinasse o canto direito inferior para encontrar as iniciais EBG bordadas. O pastor fez o que a mulher pediu e intrigado confirmou.
A mulher disse: Estas são as minhas iniciais. E contou que fez esta toalha de mesa há 35 anos atrás na Áustria.  Contou que antes da guerra ela e seu marido eram "bem-de-vida".  Quando os nazistas
invadiram seu país combinaram fugir ela iria antes e seu marido a seguiria uma semana depois.
Ela foi capturada trancada numa prisão e nunca mais viu seu marido e sua casa.
O pastor ofereceu a toalha mas ela recusou dizendo que estava num lugar muito apropriado. Insistindo ofereceu-se para levá-la até sua casa era o mínimo que poderia fazer. Ela morava em Staten Island e tinha passado o dia em Brooklin para um serviço de faxina. No dia de Natal a igreja estava quase cheia.
Foi um lindo trabalho. Ao final o pastor e sua esposa cumprimentaram os fiéis um a um à porta e muitos diziam que retornariam. Um velho homem que o pastor reconheceu pela vizinhança permaneceu sentado atônito. O pastor aproximou-se e antes que dissesse palavra o velho perguntou: Onde o senhor conseguiu a toalha de mesa da parede?  Ela é idêntica à uma que minha mulher fez muitos anos atrás quando vivíamos na Áustria antes da guerra. Como poderiam existir duas toalhas tão parecidas? Imediatamente o pastor entendeu o que tinha acontecido e disse: Venha... eu vou levá-lo a um lugar que o senhor vai gostar muito. No caminho o velho contou a mesma história da mulher. Ele antes de poder fugir também havia sido preso e nunca mais pôde ver sua mulher e sua casa por 35 anos. Ao chegar à mesma casa onde deixara a mulher 3 dias antes ajudou o velho a subir os 3 lances de escadas e bateu na porta. Creio que não há necessidade de se contar o resto da história.

APLICAÇÃO:
Quem disse que Deus não trabalha de maneira misteriosa?
Quem disse que O Senhor não se lembra dos seus filhos?
Em tudo o que vier acontecer na sua vida saiba que Deus esta olhando para você, ele se lembrou daquele casal e através da vida de um servo seu (através daquela toalha) para realizar um milagre.
Apenas creia!
Ele sabe do seu desespero, mas creia, como João Marcos, creia, seu nome será lembrado por algum Paulo e Deus será exaltado através da sua vida.

NADA ACONTECE POR ACASO!


Em terceiro e último lugar,...
                        F. T.:... Quando somos úteis ao Reino de Deus...
III -... Mandarão nos Chamar e nos Reconhecerão.

Há um texto histórico sobre João Marcos que se encontra no livro de Atos dos Apóstolos cap. 13, ver. 13: E, partindo de Pafos, Paulo e os que estavam com ele chegaram a Perge, da Panfília. Mas João, apartando-se deles, voltou para Jerusalém.
O texto não menciona o motivo de João Marcos, mas, deixa claro que por causa de alguma coisa ele não quis continuar a obra com Paulo e os demais companheiros. Mais tarde quando ele novamente se dispõe para a obra, Barnabé quer levá-lo, mas é Paulo quem recusa seguir junto com João Marcos. Houve até mesmo uma contenda entre os dois grandes amigos Paulo e Barnabé.


Atos dos Apóstolos cap. 15:
35 E Paulo e Barnabé ficaram em Antioquia, ensinando e pregando, com muitos outros, a palavra do Senhor.
36 E alguns dias depois, disse Paulo a Barnabé: Tornemos a visitar nossos irmãos por todas as cidades em que já anunciamos a palavra do Senhor, para ver como estão.
37 E Barnabé aconselhava que tomassem consigo a João, chamado Marcos.
38 Mas a Paulo parecia razoável que não tomassem consigo aquele que desde a Panfília se tinha apartado deles e não os acompanhou naquela obra.
39 E tal contenda houve entre eles, que se apartaram um do outro. Barnabé, levando consigo a Marcos, navegou para Chipre.              
40 E Paulo, tendo escolhido a Silas, partiu, encomendado pelos irmãos à graça de Deus.
41 E passou pela Síria e Cilícia, confirmando as igrejas.

            No final de sua vida, quando estava preso em Roma, o Apóstolo Paulo sente-se muito sozinho. Todos os seus companheiros o haviam abandonado, apenas Lucas estava com ele, e no momento em que Paulo escreve estas palavras ao Pastor da igreja de Éfeso, Timóteo, ele lembra-se de como João Marcos esperou para servir a obra de Deus ao seu lado; e tomando a tinta e o pergaminho, Paulo registra para a eternidade o sentimento que Deus possuía por João Marcos e que agora se apossava do coração de Paulo: Toma Marcos, e traze-o contigo, porque me é muito útil para o ministério.
           
CONCLUSÃO:

Portanto, quero através destas palavras, animar você que sente inútil ou esquecido, a manter acesa a chama de servir a Deus. Jamais se esqueça das promessas feitas por Deus. O chamado para a Obra do Senhor é intransferível. Não é o pastor da igreja, ou seus pais, ou seus amigos que devem ter a certeza do seu chamado, mas, é você quem deve ter a certeza do seu chamado. Pessoas podem se levantar para dizer que você está esquecido ou parado na obra, mas, a certeza de que Deus não te esqueceu deve habitar dentro do seu coração. Você é sim, muito útil ao ministério, e tal como João Marcos aguardou o momento de ser Chamado, nós também devemos ansiosamente esperar à hora em que algum Timóteo baterá na nossa porta com uma carta de algum Paulo dizendo:
Meu nobre ______________, tu és muito útil para o ministério. Amém.








Pr. Luiz Fernando Massunaga 






Comunidade Bíblica Adoração. Bauru, 01 de Agosto de 2013.

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